Comentário do filme "Tempos Modernos - Charles Chaplin."

31 de outubro de 2008

O filme Tempos Modernos é uma crítica clara aos métodos utilizados pelas escolas clássicas. A Mecanização do trabalho e a desvalorização do indivíduo enquanto um ser social é nítida em várias cenas do filme.
É possível também notar a limitação do trabalhador frente às atividades que desenvolviam. Por serem treinados e obrigatoriamente forçados a desenvolver as mesmas funções tornavam-se “profissionais” incompletos limitados a atuar na mesma função sempre.
Segundo os Teóricos mais críticos essa “especialização” dos trabalhadores era vantajosa apenas para os donos das fábricas, pois tinham a cada dia, profissionais mais rápidos e consequentemente mais produtivos. Em contrapartida formavam pessoas insatisfeitas e frustradas, sobretudo em suas vidas pessoais.
A fiscalização constante e a aceleração das rotinas de produção eram pontos abordados pela teoria clássica e também estão presentes no filme. Em determinados momentos do filme torna-se possível perceber a forma negativa como toda essa pressão e cobrança excessiva influenciava a vida dos operários.
Eles passavam a viver as rotinas da fábrica involuntariamente no seu cotidiano, tornando-se pessoas que viviam em função do trabalho e não trabalhavam em função da vida. A preocupação capitalista dos donos das fábricas inviabilizava qualquer possibilidade de humanização das técnicas trabalhistas.
Por serem profissionais de uma única função, os operários tinham nas fábricas seu único meio de sobrevivência, visto que se tornavam obrigatoriamente dependentes das atividades que desenvolviam, pois eram as únicas quais dominavam conhecimento.
A centralização do poder é uma outra característica das escolas clássicas e que está presente no contexto do filme. As cenas em que mostra o dono da fábrica observando os seus operários pelos monitores retratam além da centralização a impessoalidade que os operários eram tratados.
Contudo no bojo de todos esses fatores e os métodos utilizados pelos clássicos começa a surgir os primeiros estudos da escola de relações humanas, que não foi mencionada no filme, mas que começou a dar os seus “primeiros passos” considerando justamente a situação imposta aos operários pela abordagem clássica.
O filme tempos modernos protagonizado por Charles Chaplin é o “retrato dos ideais capitalistas” e, sobretudo o reflexo dos primeiros estudos do comportamento do indivíduo nas organizações.

Subjetividade no Trabalho

21 de outubro de 2008

Uma organização, sendo ela grande ou pequena, é composta por uma grande variedade de individuos iguais perante á lei , e diferente perante os homens , que se disitingue pela cor, cultura ou opção sexual, distinção que muitas vezes é marcada, pelo preconceito ou prejuízo, e não é levado em conta seus sentimentos e seus problemas. Ser igual ou diferente não é um problema a ser a ser resolvido ou superado, mas uma realidade a ser aceita , pois que se observe as qualificações de cada cidadão e não a embalagem de que nada produz.Hoje em dia a visão do trabalho específico para mulheres tem distânciado, mas ainda há uma rejeição muito clara como por exemplo as mulheres serem motorista de ônibus que não são levadas muito á sério sendo chamadas de barbeira como diz um ditado popular " lugar de mulher é pilotando fugão" e de homens serem bordadores sendo considerados homossexuais. O preconceito afeta muito a objetividade do indivíduo pois a nossa vida é rodeada de sentimentos, esperanças e sonhos. O homem dentro de uma organização é o mesmo homem que sonha e tem sentimentos e é difícil não expressar quando algo nos frusta, nos deixa abatido ou nos deixa alegre . ter uma visão da dimensão subjetiva nos ajuda a entender um pouco o que necessita uma empresa a ponto de que seus funcionários se sintam bem e que certos problemas não venham interferir em seu desempenho profissional, como muitas empresas adotaram métodos de descontração em seu ambiente. A falta de equilíbrio entre a vida profissional e a vida familiar, facilmente causará ao individuo um estress emocional que pode proporcionar uma síndrome chamada Síndrome de Bournout, o termo Bournout resultou na junção bourn (queima) e out (exterior), caracterizando um tipo de estress. Ás vezes a falta de iniciativa de mudar de profissão podem no futuro causar uma decepção profunda por não ter coragem de "chutar o balde", e passar a vida se menosprezando achando que não tem capacidade de exercer outra função. Todo ser humano tem o direito de analisar sua própria capacidade e não se deixar vencer pela falta de oportunidade.

Comentário sobre o artigo de autoria de Sérgio C. Navega: é possível Racionalidade e Emoção conviverem?

1 de outubro de 2008

Os seres humanos são em sua totalidade dotados de razão e emoção. Duas faces inseparáveis de uma mesma moeda que lutam diariamente em busca de harmonia. A questão é ser racional, emocional ou um híbrido dos dois sentidos?
Na história da evolução do homem podemos perceber que o lado instintivo que podemos considerar emocional foi perdendo espaço para o lado racional. A razão, portanto, não é algo que tenha expressão explícita em nossos genes, na realidade um comportamento aprendido.
O fato de estarmos hoje inseridos em um ambiente social mais sofisticado nos condiciona a ponderar mais nossas reações. A razão funciona como um “termômetro” das emoções, uma espécie de auxiliar que tem como modificar a expressão do que sentimos e externamos.
A questão não é banir as emoções, mas sim conduzi-las de forma a não perdemos os sentidos ignorando assim o lado racional. A estrutura emocional das pessoas não é sempre a mesma a vida toda. Nossas emoções estão condicionadas a uma série de fatores externos que influenciam diretamente no contexto instintivo do ser humano.
Portanto, embora sejamos seres muito emocionais, é indispensável que usemos o bom senso para nortear os rompantes dessas emoções. O indivíduo que é “escravo” dos sentimentos torna-se vulnerável, por outro lado o que é extremamente racional priva-se de viver sensações e momentos de prazer e até mesmo de aprendizagem.
É fato que todos precisamos viver e expressarmos nossas emoções, porém somos seres sociais, precisamos de convívio e interação e o desequilíbrio dessas duas forças (razão/emoção) produz conflitos e situações adversas.
Ao contrário do que em muitos momentos pensamos razão e emoção não são contrárias entre si, na verdade se completam. O ideal é identificarmos de que forma podemos aliar razão, bom senso e os nossos sentimentos para obtermos melhores resultados.O reconhecimento de que as emoções ou sentimentos fortes podem alterar o desempenho de nossas decisões devem nos fazer buscar a melhor forma de conviver com esses dois pilares da natureza humana.