Comentário sobre o artigo de autoria de Sérgio C. Navega: é possível Racionalidade e Emoção conviverem?

1 de outubro de 2008

Os seres humanos são em sua totalidade dotados de razão e emoção. Duas faces inseparáveis de uma mesma moeda que lutam diariamente em busca de harmonia. A questão é ser racional, emocional ou um híbrido dos dois sentidos?
Na história da evolução do homem podemos perceber que o lado instintivo que podemos considerar emocional foi perdendo espaço para o lado racional. A razão, portanto, não é algo que tenha expressão explícita em nossos genes, na realidade um comportamento aprendido.
O fato de estarmos hoje inseridos em um ambiente social mais sofisticado nos condiciona a ponderar mais nossas reações. A razão funciona como um “termômetro” das emoções, uma espécie de auxiliar que tem como modificar a expressão do que sentimos e externamos.
A questão não é banir as emoções, mas sim conduzi-las de forma a não perdemos os sentidos ignorando assim o lado racional. A estrutura emocional das pessoas não é sempre a mesma a vida toda. Nossas emoções estão condicionadas a uma série de fatores externos que influenciam diretamente no contexto instintivo do ser humano.
Portanto, embora sejamos seres muito emocionais, é indispensável que usemos o bom senso para nortear os rompantes dessas emoções. O indivíduo que é “escravo” dos sentimentos torna-se vulnerável, por outro lado o que é extremamente racional priva-se de viver sensações e momentos de prazer e até mesmo de aprendizagem.
É fato que todos precisamos viver e expressarmos nossas emoções, porém somos seres sociais, precisamos de convívio e interação e o desequilíbrio dessas duas forças (razão/emoção) produz conflitos e situações adversas.
Ao contrário do que em muitos momentos pensamos razão e emoção não são contrárias entre si, na verdade se completam. O ideal é identificarmos de que forma podemos aliar razão, bom senso e os nossos sentimentos para obtermos melhores resultados.O reconhecimento de que as emoções ou sentimentos fortes podem alterar o desempenho de nossas decisões devem nos fazer buscar a melhor forma de conviver com esses dois pilares da natureza humana.

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